terça-feira, 28 de junho de 2011

Responsabilidade: Palhaços e crianças fazem passeata contra o cigarro


Com o nome de "Palhaçada Contra o Fumo", a caminhada começou em frente ao Hospital de Clínicas (HC) da UFPR, percorreu toda a extensão da Rua das Flores e terminou na Boca Maldita.

Cerca de cem alunos que integram as bandas marciais da Escola Municipal Wenceslau Brás e do Colégio Estadual Professora Iara Bergman participaram da manifestação.

Promovido pelo HC, em parceria com Associação Médica do Paraná, a Associação Paranaense Contra Fumo e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, o evento também comemorou o primeiro ano das leis municipal e estadual que coíbem o tabagismo em locais fechados.

Na tenda montada na Boca Maldita, a Secretaria Municipal de Saúde oferecia dois exames: o de espirometria, que mede a capacidade respiratória, e o de monoximetria, que aponta a dosagem de monóxido de carbono no organismo. Também houve panfletagem de materiais educativos ao longo de todo o trajeto da passeata.

"Atividades como esta são fundamentais para conscientizar sobre os malefícios do cigarro", disse Jayme Zlotnik, médico otorrinolaringologista do Hospital de Clínicas da UFPR e presidente da Associação Paranaense Contra Fumo. "A palhaçada dá uma característica de alegria, de saúde. É uma forma de fazer a mensagem atingir os jovens."

Criado em 2007, a "Palhaçada Contra o Fumo" está em sua terceira edição. Em 2009 não aconteceu devido à epidemia de gripe A. A iniciativa tem o apoio da Agendarte e do Grupo de Teatro Anticorpus. "Não fume, temos doentes demais", dizia uma das faixas.

Seu objetivo não é criticar os fumantes, mas incentivá-los a abandonar o cigarro. “Aproveitamos a data para dar informações, envolver instituições de ensino, numa ação educativa dirigida”, explica o médico sanitarista João Alberto Lopes Rodrigues, que coordena o setor de Controle ao Tabagismo em Curitiba.

Ao longo da caminhada, os manifestantes cruzaram com muitos fumantes que não pareciam sensibilizados pela manifestação. "Gosto de fumar, fumo uma carteira por dia", conta Josi Miller, 30, que está trabalhando como cabo eleitoral e é fumante há cinco anos. E já tentou largar o vício? "Falta atitude, vontade", admite.

A vendedora de livros Lúcia Helena Galvi, que trabalha na calçada ao lado do Teatro Guaíra, elogiou a caminhada e criticou o número de fumantes em Curitiba, "muito alto", segundo ela. "Ô povo para fumar esse aqui [de Curitiba], parece que não tem noção, fiquei chocada quando cheguei aqui", diz Lúcia, que veio de Cachoeira do Itapemirim (ES) para a capital paranaense há cerca de um ano. "Lá no Espírito Santo as pessoas não fumam tanto quanto aqui."

*Fonte: UFPR



Postado por: Esquadrão Anti-Fumaça

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