Saúde do trabalhador


Desenvolvimento do trabalho:

O grupo optou por trabalhar a temática saúde do homem. A escolha de trabalhadores da construção civil se deu pela curiosidade de conhecermos um pouco mais sobre a saúde destes homens que possuem uma jornada longa e um trabalho árduo, já que este tema saúde do homem é pouco divulgado, fomos ao encontro deles para entendermos o que pensavam com relação à saúde.
Eles dizem que o serviço de saúde não funciona, por isso só procuram quando realmente estão mal, há alguns relatos que o serviço básico de saúde não os atende como deveria.
Descobrimos também que próximo a essas obras há dois centros de saúde que funcionam à noite

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Saúde do Trabalhador

Promover saúde é o processo de capacitação do indivíduo em melhorar e controlar sua saúde. Para alcançar o estado de completo bem-estar físico, mental e social um indivíduo ou grupo deve ser capaz de identificar aspirações, satisfazer necessidades e mudar ou lidar com seu ambiente. Política de promoção de saúde envolve abordagens diversas, levando em conta as diferenças sociais, culturais e econômicas.
Por meio de visitas a obras de construção civil, UnB/ FCE, condomínio show de morar e o prédio próximo a estação do metrô Ceilândia Centro , localizadas em Ceilândia/ DF, observamos por meio de rodas de conversas a dificuldade que o trabalhador da construção civil encontra para cuidar de sua saúde. O horário de atendimento dos Postos de Saúde, a falta de tempo para fazer uma atividade física e a baixa remuneração são fatores que influenciam significativamente a qualidade de vida deles.
A princípio fomos dotadas de preconceitos achavamos que os homens não procuravam os serviços de saúde porque tinham vergonha ou por puro machismo, porém depois de alguns encontros descobrimos que a maioria tem medo de perder um dia de trabalho para procurar atendimento médico, pois muitas das vezes não conseguem ser atendidos por esse motivo só procuram os serviços de saúde em casos de emergência.
Em virtude do local, horário e trabalho desenvolvido o meio de comunicação mais utilizado pelos trabalhadores é o rádio. Pensando nisso a nossa ação em saúde é informar e conscientizar o publico alvo por meio de cartaz e propaganda de rádio que é possível trabalhar e cuidar da Saúde, buscando uma melhor a alimentação, evitar comer alimentos com excesso de sal, açúcar e gordura, realizar atividades físicas e procurar os serviços de saúde que funcionam em horários opostos ao horário de trabalho.
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Placa da obra do campus UnB/FCE
 Perfil dos trabalhadores da construção civil:

  • A maioria  veio do nordeste;
  • Casados;
  • Ganham menos de 2 salários mínimo;
  • Meio de comunicação mais utilizado: rádio e televisão;
  • Escolaridade: nível médio;
  • O grupo é preocupado com a saúde;
  • Tem alimentação básica.


Problemas identificados:
  • Automedicação;
  • Falta de exercício físico;
  • Falta de informação;
  • Insatisfação com o serviço de saúde.
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A política de atenção à saúde do homem no Brasil:
os paradoxos da medicalização do corpo masculino.

O documento é fruto de uma parceria entre gestores do SUS, sociedades científicas, sociedade civil organizada, pesquisadores acadêmicos e agências de cooperação internacional.

Um dos grandes obstáculos à promoção da saúde dos homens, conforme repetido inúmeras vezes ao longo do processo de construção da nova política, é justamente a centralidade da idéia de invulnerabilidade, ou seja, da idéia de potência, na construção da masculinidade hegemônica.

Segundo o documento, estudos comparativos têm demonstrado que os homens são mais vulneráveis a doenças do que as mulheres, especialmente às enfermidades crônicas e graves, e que morrem mais cedo. Apesar deste fato, já bem documentado, os homens não são captados pelos serviços de atenção primária (como ocorre com as mulheres). Sua entrada no sistema de saúde se daria principalmente pela atenção ambulatorial e hospitalar de média e alta complexidade, configurando um perfil que favorece o agravo da morbidade pela busca tardia ao atendimento.

Ainda que o conceito de masculinidade venha sendo atualmente contestado e tenha perdido seu rigor original na dinâmica do processo cultural, a concepção ainda prevalente e hegemônica de masculinidade é o eixo estruturante pela não-procura aos serviços de saúde.

Para tanto, a política em questão pretende “politizar e sensibilizar homens para o reconhecimento e a enunciação de suas condições sociais e de saúde, para que advenham sujeitos protagonistas de suas demandas, consolidando seu exercício e gozo dos direitos de cidadania” (PNAISH, 2008, p. 7).


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Fotos das visitas nas obras do prédio(próximo a estação do metrô) e do campus UnB/FCE:
Segunda visita a obra do prédio residencial.

Interação do grupo.

Alguns preferiram só observar.

Outros apareceram para compartilhar fatos.
Visita a obra do campus UnB/FCE

Apesar do momento de descanso...


Alguns falaram conosco.

Tomando nota.











  



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Fotos da visita a obra do
Condomínio Show de Morar


                








       Chegando na Obra acompanhadas pela  técnica de segurança do trabalho.

            








    Os trabalhadores reunidos para a palestra com o técnico de segurança do trabalho.





O técnico de segurança do trabalho orientando os trabalhadores,
    sobre a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual. 





      


                                






O técnico estava apresentado o nosso grupo para os trabalhadores e pedindo que colaborassem  com  o nosso trabalho.

Momento em que falávamos para os homens cuidarem de sua própria saúde.

















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Exemplo de um Programa de Saúde direcionado para o público masculino.


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Conversa com os trabalhadores das obras (UnB Ceilândia e obra perto da estação metrô Ceilândia Centro)

1º Visita a obra do Campus da UnB
Dia: 26 de Abril de 2011
- Primeiro fizemos a apresentação do grupo e em seguida eles se apresentaram.
- Os trabalhadores são bem receptivos e bem humorados.
- Na obra fomos recebidas por 15 homens.
Depois da apresentação do grupo de trabalhadores, foram feitas algumas perguntas para eles.
“Vocês sentem dor e costumam comentar em casa ou com os colegas de trabalho”?
A maioria respondeu que comentam em casa, alguns comentam no local de trabalho.
“Buscam atendimento nos postos de Saúde?”
“Procuro atendimento em clinica particular é mais rápido. No hospital público não tem medico e se perde muito tempo na fila”.
“Só procuro o medico quando estou quase morrendo.”
“Quando agente fala para o médico nós da atestada ele diz que só pode dar atestado quando está em coma.”
“Só vamos ao medico quando estamos muito ruins, demora para marcar a consulta.”
 “Não vou ao médico, pois perco um dia de trabalho.”
“Tenho consciência que devo ir ao medico, mais nada funciona.”
“Vocês conhecem a Campanha do câncer de próstata?”
“vi a campanha mais ela não funciona, eles não estão fazendo nada. A saúde no geral é muito ruim”.
“Sentem vergonha de procurar o médico?”
“Não tenho vergonha, não procuro o médico porque o sistema não presta.”
“O homem é pouco visto no sistema de saúde, a procura deles é pouca nos hospitais, eles não ligam tanto para a saúde como a mulher.”
Dicas de Campanha
O que fazer? Qual a necessidade?
“As campanhas deveriam ser no horário da noite, período contrario ao nosso trabalho, pois se sair no horário de trabalho o tempo é perdido.”
“Por falta de profissionais nem me animo a ir ao hospital. O Sistema de Saúde é muito falho.”
“A maior dificuldade é a falta de profissional.”
Doenças dos trabalhadores:
3 com hipertensão;
1 com arritmia;
A maioria é casado e tem de 1 a 3 filhos, são de fora .
6 ensino médio
7 moram de casa própria.
Meio de comunicação:
A maioria assistem TV: programas; jornal e futebol.
Alimentação: arroz, feijão e carne. No geral gostam de frutas e verduras.
Atividade física alguns andam de bicicleta.
Compram medicamentos na farmácia e tomar remédio caseiro.
Temas de pouco conhecimento: problemas de coluna, cigarro, câncer de próstata.
Apenas 2 fizeram o teste do câncer de próstata.
Por fim eles afirmam que não tem medo e vergonha, não procuram o sistema de saúde porque ele é ruim.

 2º Visita a obra perto do metrô 
Apresentação
- Como o homem ver a sua saúde? Quando sentem dor comentam com algum colega de trabalho?
“Tem uns que reclamam até demais”.
“Eu procuro o medico dependendo da situação vou ao posto ou passo na farmácia.”
“Tenho mais de 10 anos que não vou ao medico, ele disse que tenho problema de coração, mais não sinto nada ai parei de ir.”
“Eu fui quando entrei aqui na obra, faz uns quatro meses.”
“Eu fui só pegar atestado.”
“Eu só aferir a pressão.”
Meios de comunicação:
“Eu gosto de assistir DVD.
"Jornal e fantástico.”
Só uma pessoa lê jornal impresso.
Quanto a atividade física, 2 jogam futebol, os demais só trabalham não tem tempo de fazer atividade física.
“Fui fazer umas caminhadas para ver se melhorava, fiz foi piorar.”
O que é Saúde?
“Bem está social e psicológico.”
“Saúde é tudo, se não tem ela não tem nada.”
Só uma pessoa teve acesso à campanha do câncer de próstata.
Meios de Comunicação para o trabalho:
-Na obra poderia fazer cartazes;
-Televisão seria o melhor meio de transmissão;
A campanha poderia falar de pressão arterial e alimentação.
Tomam medicamentos por conta própria?
“Quando estou muito cansado tomo para relaxar.”
“Hoje eu não vou mais aos hospitais públicos por falta de atendimento.”
“Quando preciso vou ao particular. Eu não vou ao medico por qualquer dorzinha não. Só vou quando estou passando mal.”
“Queria mais comunicação nos postos de Saúde e menos contradição no que eles falam. Porque assim agente perde muito tempo.”


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